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quarta-feira, 14 de julho de 2010

BELO MONTE - solução ou problema

  Belo Monte é uma usina hidreléctrica  que será construída no Rio Xingu, no estado brasileiro do Pará. Sua potência instalada será de 11.233 MW, o que fará dela a maior usina hidreléctrica inteiramente brasileira,visto que Usina Hidreléctrica de Itaipu está localizada na fronteira entre Brasil e Paraguai.

  De acordo com o site governamental agencia,Belo Monte será a única usina hidrelétrica do Rio Xingu.O lago da usina terá uma área de 516 km², mostrada no mapa de localização para o Google Eart. A usina também terá três casas de força.
  A previsão é que, quando concluída, a usina será a terceira maior hidrelétrica do mundo, atrás apenas da chinesa tres gargantas e da binacional Itaipu,com 11,2 mil MW de potência instalada. Seu custo é estimado hoje em R$ 19 bilhões.[5] A energia assegurada pela usina terá a capacidade de abastecimento de uma região de 26 milhões de habitantes, com perfil de consumo elevado como a Região metropolitana de Sao Paulo.
 “O impacto é generalizado, pois mexe na raiz de todo o funcionamento do ciclo ecológico da região. Entre a Volta       Grande do Xingu e Belo Monte, o nível d'água vai ficar bem abaixo da maior seca histórica e, rio acima, ficará permanentemente cheio, num nível superior à maior cheia conhecida. Assim, teremos, simultaneamente, trechos do Xingu sob condições hidrológicas extremas e diametralmente opostas, sendo que todo o regime ecológico da região está condicionado às secas e às cheias, explicava em entrevista ao ISA, em 2002, o pesquisador Jansen Zuanon, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) (clique nos mapas).. Ele lembra que existem árvores, que estão adaptadas a ficar alguns meses debaixo d'água.
  Com a cheia permanente, as árvores irão resistir alguns meses, mas depois vão morrer, com o afogamento das raízes. “Essas árvores servem de dieta para muitos peixes, por exemplo, o que gera impacto sobre a fauna e, consequentemente, para todo o ciclo ecológico da área. Além disso, muitos peixes sincronizam a desova com a cheia e, portanto, na parte que vai ficar muito seca, é possível que haja diminuição de diversas espécies. Esses impactos deverão provocar uma busca por novas áreas de pesca comercial e ornamental, que provavelmente se estenderão pelo trecho a montante da cidade e poderão atingir o Médio/Alto Xingu e Iriri.” Para Zuanon, além da influência para a alimentação das populações, na parte baixa deve haver problema de navegabilidade. “Outro ponto é que a vida do índio e do caboclo está diretamente relacionada a esses ciclos sazonais, quando você muda este ciclo altera o 'motor do sistema', com reflexos imediatos e sérios para a população”, analisa.